Quando criança adorava contar os dias para a chegada do meu aniversário. Até na adolescência isso era algo que apreciava. A expectativa dos presentes, bolinhos para soprar as velinhas e a surpresa dos amigos e parentes que viriam comemorar mais um ano de vida comigo. Ou poderia dizer um ano a menos de vida? Não importa. Mas a sensação de chegar logo o dia vinha acompanhada da tristeza. A solidão e perguntas do tipo: o que fazer no tão esperado momento?
Não sei. Até hoje espero algo acontecer.
Amigos já começaram a perguntar de novo, o que você vai fazer no seu aniversário? Na verdade ainda não sei, talvez nada. Não estou entrando em crise (do que, dos vinte e pouco?), não mesmo, mas porque aquele friozinho na barriga? Não vou fazer nada mesmo. Irei trabalhar, estudar, e possivelmente terá aquelas desculpas de todos os anos “tentei te ligar, mas não consegui falar com vc”, ou “estava muito ocupado”.
Isso é muito chato. Não que eu faça questão, mas não inventa né. Se todos os anos acontece a mesma coisa (nada), me pergunto: por que esperar tanto? Por que a comemoração? E este será mais um ano que ficarei esperando alguma novidade, alguma surpresa. Que chegue logo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário